Vida de músico – Cada músico tem seus próprios propósitos de carreira. Ele pode tocar por prazer ou por necessidade, e em muitos casos, consegue conciliar as duas justificativas. Saiba mais sobre o que é tocas para se satisfazer e quando é preciso tocar para pagar as contas no fim do mês.
Tocando por prazer
Inicialmente, a vida de músico começa com a busca em se satisfazer tocando o seu instrumento. Nem sempre é por profissão e muitas vezes o hobbie ganha uma carreira significativa e de sucesso. Com o tempo, aqueles que escolhem ter a música como uma carreira vão encontrando desafios – ainda mais no Brasil, que para o senso comum o músico não é visto como um profissional, o que é um grande engano. O mercado é acirrado e o sonho de ganhar dinheiro com a música fica restrito.
Tocar por prazer ou necessidade é uma escolha feita por cada um e algo bem comum na vida de músico. Não há regras sobre isso. Há quem prefira colocar o prazer e a satisfação além dos ganhos, independentemente de quanto forem e há quem prefira fazer da música uma renda extra, sem grandes complicações financeiras. Afinal, estar satisfeito e sentir prazer é também uma necessidade humana.
Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, a sem a música, a vida seria um erro, e muitos músicos levam esta condição como uma filosofia de vida. Mas é possível se divertir e se satisfazer com a sua arte ganhando dinheiro com ela.
Tocando por necessidade
Mas todas as pessoas possuem contas para pagar e ser músico é uma profissão como qualquer outra: é preciso gerar valor com o seu trabalho. É muito triste atuar como músico apenas por necessidade, sem tirar qualquer tipo de prazer pessoal nisso. Em qualquer profissão isso é complicado, pois toda cada dia de trabalho uma frustração sem fim. No caso da música, o público muitas vezes sente a falta de empatia do músico com a situação.
Para sair deste ciclo de “fazer música para pagar as contas”, é preciso investir em uma autoanálise sobre a sua carreira e sobre os seus objetivos artísticos. Muitas vezes mudar de estilo, encontrar novas oportunidades ou renovar o networking já ajuda a trazer um novo fôlego para a carreira. Um músico deve sempre estar se renovando, se reinventando, adquirindo novas experiências profissionais.
Muitas vezes, quando o que sobrou no seu coração foi só a necessidade de pagar as contas é porque alguma coisa ficou pelo caminho, que precisa ser resgatada. Agitar as coisas pode ser uma forma de se redescobrir como músico e oferecer ao mercado algo diferente.
A vida de músico e o consenso
O certo seria conciliar o prazer e as necessidades, a satisfação com o dinheiro, a arte com a profissão. A carreira de músico pode oferecer diferentes maneiras de desenvolvimento e crescimento, e muitas vezes é preciso fazer concessões para viver o pleno prazer em se tocar para um público e ser valorizado por isso. Quanto mais um músico se sente satisfeito com o seu trabalho, melhores condições terá de escolher o futuro de sua carreira. Mas para isso, é preciso investir um pouco nela – com bons treinamentos e formação assertiva, por exemplo.
Talvez a solução para esta questão seja mesmo o caminho do meio: ter uma definição clara sobre os seus objetivos como músico e alinhar os diferentes recursos para trilhar uma carreira profissional valorizada e prazerosa.