Realização – Com o passar do tempo, o músico pode se questionar se o seu instrumento o realiza e o satisfaz artisticamente e pessoalmente. Você já passou por isso? Há pessoas que passam uma vida inteira se dedicando à aprendizagem e aprimoramento de um único instrumento. Outras se realizam aprendendo diferentes instrumentos musicais, em momentos diferentes da vida. O que importa mesmo é a sua realização. Confira algumas dicas sobre a realização pessoal pela escolha do instrumento musical e veja se o seu instrumento o realiza.
O que é realização pessoal?
Um dos motivos das pessoas buscarem a música é a realização pessoal. É realmente difícil alguém viver sem ouvir música, sem apreciá-la e ter as suas preferências. Assim como ouvir a música para algumas pessoas surte um efeito de prazer e satisfação, tocar um instrumento pode ser uma verdadeira realização pessoal para outras pessoas. Não dá para desvencilhar o instrumento daquilo que mais importa da vida. Ele tem o seu papel cativo naquilo que nos faz feliz – pelo menos na vida dos músicos.
Qual a sensação de ouvir uma música tocada por si mesmo? Que valor tem isso na sua vida? Que prazer você sente ao tocar o seu instrumento? Isso também tem a ver com realização pessoal.
O músico e o seu instrumento
Escolher um instrumento musical é algo muito pessoal. Envolve identificação, predisposição para tocá-lo, condições fisiológicas ou adaptações, condições econômicas e uma série de outros aspectos que não podem ser descartados. Mas antes de tudo envolve paixão: você escolhe um instrumento musical porque você se apaixona por ele – pelo seu formato, sua sonoridade e a capacidade de realizar a arte e o som que você pessoalmente deseja.
Quando um instrumento não realiza o músico, ou deixa de realizar, pode ser que foi fruto de uma escolha incorreta, feita muitas vezes na empolgação no momento ou que seus anseios pessoais mudaram e é hora de dar lugar a outro tipo de instrumento, e isso é muito natural. É importante o músico estar sempre se desafiando, seja com novas possibilidades com o mesmo instrumento ou aprendendo um novo. É preciso fazer a seguinte análise:
- Como me sinto tocando este instrumento? Dê evidências.
- Por que escolhi este instrumento?
- Quais as grandes realizações que conseguir obter tocando-o? Dê evidências.
- Quais as grandes realizações que ainda terei tocando-o? Dê evidências.
- Que outros instrumentos chamam a minha atenção? Tenho condições atualmente de tocá-los? Quais serão os desafios?
Falta de prática
Muitas vezes o instrumento deixa de ser uma realização na vida de um músico por falta de prática – deixá-lo de lado pode gerar desinteresse e frustrações. Não quer dizer que ele não seja o instrumento ideal para você nem que não seja o seu preferido, apenas falta dedicação. Contudo, a falta de dedicação e tempo pode ser pretexto para a falta de interesse. Vale a pena analisar a situação.
Investimentos e dedicação
Em geral, mesmo que o instrumento escolhido pelo músico seja de baixo valor comercial, sempre há um investimento financeiro implícito e tempo de dedicação – seja com a aquisição, com aulas, com horas de treino, etc. Uma forma de saber se o seu instrumento o realiza é colocar tudo isso em perspectiva: valeu a pena tanto esforço e dinheiro? Vela a pena continuar? O que pode ser aprimorado? Estou disposto a adquiri um novo instrumento neste momento? Terei tempo para me dedicar a ele? Paixão em tocar um instrumento é importante, mas não é tudo.
Mudando de instrumento sem culpa
Se no fim de tudo você concluiu que o seu instrumento não o agrada mais, é hora de escolher outro. Não quer dizer que você precisa se desfazer dele, apenas pode adquirir e compartilhar o seu tempo com outra forma de prazer musical.
E se o seu instrumento lhe proporciona muitas realizações, talvez seja hora de fazer um upgrade, de adquirir outras versões ou melhorar as suas condições. Instrumentos similares, que em geral exigem outra metodologia e preparo, também podem ser uma boa opção. Vemos isso entre os aprendizes de piano e teclado – são instrumentos com diferenças consideráveis, mas um pode levar ao outro e lhe realizar como músico e como pessoa. O mesmo acontece com outras categorias de instrumentos, como os de precursão, por exemplo.