Concerto – Uma questão importante para todo músico profissional é saber qual o valor de mercado do seu trabalho. Com os músicos de concerto não é diferente: várias questões interferem o valor de sua participação. Veja agora algumas informações sobre o valor que você deve cobrar para tocar em um concerto.
Tipos de contrato e profissão
Há uma infinidade de contratos estabelecidos entre os músicos de concerto. Há aqueles que são contratados por temporada, os que possuem posição fixa dentro de uma orquestra ou grupo, os que trabalham por projeto e os que são contratados aleatoriamente, para uma apresentação específica ou como substituição, por exemplo. As horas de dedicação também contam. Logo, é difícil de definir um valor devido a estas várias formas de contrato.
Um instrumentista é um profissional que utiliza o seu conhecimento de técnicas e fundamentos da música para tocar um ou vários instrumentos. É possível que atue como solista ou como integrante de orquestras, bandas e grupos instrumentais. Pode ainda trabalhar em espetáculos dirigidos ao público, como concertos e shows, e em estúdios, tocando em gravações artísticas ou publicitárias.
Atualmente no Brasil, há 175 universidades que oferecem o curso de música, entre elas, estão a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (São Paulo – SP). O país ainda possui cerca de 800 mil músicos profissionais, mas nem todos, obviamente, tocam em orquestras.
Muitos músicos não frequentaram cursos universitários ou escolas de música e nem por isso não tiveram êxito em suas contratações. Quando é exigida formação acadêmica, o mínimo que se espera é que o instrumentista seja bacharel ou licenciado. A regulamentação da profissão é garantida pela Lei nº 3.857, de 22 de dezembro de 1960.
Valores para tocar em concerto
Falar de valore é bastante complicado, pois isso varia conforme o tipo de contrato, continuidade ou período e experiência do músico. Para se ter uma ideia, fora de concertos, os músicos iniciantes cobram R$ 32,90 por hora para trabalho em casas de diversões, bares, hotéis e similares com vínculo empregatício, na maioria das capitais brasileiras. Já um instrumentista ou cantor de coral, que trabalha em eventos, pode receber R$ 166,00 por hora trabalhada. Um professor de início de carreira ganha cerca de R$ 1,5 mil. Mas estes valores são iniciais apenas e para curtas apresentações.
Um músico intermediário, em orquestras com contrato fixo, o músico pode ganhar cerca de R$ 4 mil a R$ 8 mil. Em trabalhos avulsos, os cachês variam de acordo com o tipo de profissional, do trabalho a ser executado, do evento.
Já músicos com a carreira mais consolidadas, de orquestra, ganham de R$ 8 mil a R$ 20 mil, sendo que os mais famosos chegam a ganhar R$ 100 mil por mês ou por projetos curtos. Os valores fora do Brasil em geral são mais altos, mas há uma competição maior por espaço e as exigências também são maiores.
Como gerar melhores expectativas salariais em sua carreira de músico
O músico profissional depende do talento e do reconhecimento público para evoluir na carreira, podendo chegar a ter renome internacional. Os valores mencionados referem-se a uma pesquisa livre sobre o cenário nacional de 2015/2016 e ainda possuem grandes variações. Investir em pós-graduações, no caso de músicos de orquestra, pode ser uma ótima maneira para evoluir na carreira.
Lembre-se que o auge da carreira de um músico é muito relativa e vai depender da experiência, marketing pessoal, criatividade e inovação, networking, aprimoramento constantes e boa formação profissional. É preciso estudar sempre e conhecer boas técnicas relacionadas ao seu ofício.